domingo, 31 de outubro de 2010

Mulher presidente, perigo iminente?

O sexo-frágil

"No século XIX quando iniciou o regime republicano, foi promulgada a 1ª Constituição da República em 1981. O presidente seria eleito por voto direto e universal durante 4 anos. Porém esse voto universal excluía dentre outros as mulheres. Elas não faziam parte do universo, não opinavavam sobre seus destinos, elas possuíam a função única de reprodutoras.Foi assim durante mais de 40 anos, um regime indiferente, onde nem sequer se relacionava o nome de uma mulher a política. Foi Getúlio Vargas quem na Constituição de 1934 instituiu o direito de voto às mulheres.

Depois da conquista do voto elas passaram a almejar mais direitos e passaram a participar mais das campanhas políticas, das greves e manifestações em busca de dignidade; em 1988 conseguiram a licença à maternidade, e hoje mais da metade dos eleitores brasileiros são do sexo feminino, tivemos várias candidatas a cargos políticos eleitas entre elas Marta Suplicy (ex-prefeita de São Paulo) e Benedita da Silva (ex-governadora do Rio de Janeiro).

Hoje as mulheres são as patroas das fábricas onde suas avós e mães pegavam pesado. Elas ocupam grandes cargos, mas ainda são consideradas minorias; são as chamadas minorias majoritárias, subordinadas pelos homens (...) sem contar o preconceito que existe na cabeça das próprias mulheres que se subestimam, mas o que seria dos homens sem as mulheres?"

Essa foi uma redação escolar redigida por mim nos anos de mil novecentos e qualquer coisa. Analisando porém o cenário político atual, sinto a necessidade de rever certos conceitos. Obviamente, a tese da redação é o direito da mulher ao voto e a maiores espaços no processo político. Até aí não tenho o que me contradizer.

Entretanto, esse discurso feminista está totalmente demodé e é um perigo, pois é altamente sedutor! Aliás qualquer discurso que apela à auto estima das classes e raças termina por atrair algumas massas populares que sequer sabem o que é auto estima realmente, mas quando apontados como os possíveis favorecidos por este ou aquele candidato, entregam-lhe seu apoio, sem críticas. Assim acontece com as populações de baixa renda favorecidas pelo assistencialismo, os negros favorecidos pelas cotas, e agora estão apelando para as mulheres!

Como se houvesse diferença entre candidato mau caráter homem ou mulher! (ou bom caráter, tanto faz) Como se houvesse diferença de potencial intelectual ou prático. A principal distinção entre homem e mulher não faz a menor diferença dentro de um processo político... Agora o Brasil já tem rótulos patéticos demais, "sociedade maternalista" ou feminista não precisa somar-se ao seu currículo!



sábado, 30 de outubro de 2010

Debates do Paulo Lopes - Parte II




Todas as tardes o vazio do tempo é preenchido por uma discussão objetivada, às vezes descontraída, no programa do Paulo Lopes, na Rádio Capital AM, 1040 kHz. As rádios de amplitude modulada (AM) não são tão populares quanto as de frequência modulada (FM), as novas gerações sequer as conhecem. Eu, no entanto desde pequena aprendi a ouvir rádio, não só para curtir as músicas, mas para ouvir os locutores, as notícias, e isso contribuiu para minha formação, para eu desenvolver meu juízo moral e ético. 


Nos debates do Paulo Lopes, muitas vezes os debatedores são julgados por alguns poucos ouvintes como donos da verdade, mas o fato é que cada um tem a sua verdade, e elas não são IMPOSTAS, apenas EXPOSTAS ao público, sendo que os inteligentes conseguem discernir uma coisa da outra, daí a audiência do programa, que se manifesta não em pesquisas, que como as eleitorais, ninguém nunca me perguntou nada, mas no retorno que os próprios ouvintes dão à rádio, telefonando ao final de cada assunto debatido, audiência manifestada também através dos e-mails e cartas, sem contar as redes sociais dos debatedores!




Estou entre extasiada e assustada com algumas coisas que ando ouvindo de pessoas gabaritadas, e alguns debatedores são meu consolo ou meu alerta contra algumas correntes de pensamento atuais. Uma delas é o da administração visando o lucro acima de tudo e de todos. Diante disso, a menos que eu tenha interpretado mal, uma charge encontrada no blog do debatedor Mario Castellar (foto acima) me serve de norte:

Opiniões imparciais, debates claros, são um pouco do que os brasileiros necessitam pra sair da ilusão que permeia nossas vistas, impedindo-nos de criticar, opinar, reagir, reclamar e outros direitos que nos competem. Paulah Gauss, cantora, filha do renomado médico cirurgião Dr. Herbert Gauss, é uma relativamente recente descoberta de Paulo Lopes. Com seus comentários sempre coerentes me faz ter certeza de que não sou mais a única otimista do mundo!



É uma mulher espiritualizada que não se deixa cegar pela doutrina que segue, como muitos fazem, escondendo-se atrás de religião, time, partido e não sabendo enxergar nada fora daquela realidade. Paulah é uma moça antenada, não é só mais um rostinho bonito.

Talvez por isso, a mídia televisiva não tenha dado espaço pra ela, tanto quanto merecido, porque, neste Brasil sazonal, estamos na época das mulheres frutas... Quando essa estação passar e as frutas apodrecerem, quem sabe não encontraremos mulheres como Paulah Gauss na TV?



O mesmo não pode ser falado do ator Ariel Moshe que sempre teve seu lugar ao sol “Sbtano”, seja atuando ou dirigindo. Ou como Paulo Lopes gosta de citar, quem assistiu “Chiquititas” o conhece muito bem... Não é meu caso, pois o conheço, mas não assisti “Chiquititas”. Seus embates com o Sociólogo Valmor Bolan são cômicos e produtivos, pois mostra como duas opiniões diversas podem ser discutidas com senso de humor, sem necessidade de levantar a voz ou coisas similares.



O economista Miguel Daoud é a prova viva de que existe vida após uma sessão na Bolsa de Valores! Antigamente conhecidas por aquela neura de celulares ligados acompanhando a cotação das ações da BV, agora como o processo é todo informatizado, dá até tempo do Miguel dar sua contribuição aos ouvintes, porque não é qualquer um que tem bagagem pra entender mudanças econômicas – salvo a exceção do Cascione que interpreta de tudo! – toda informação é útil.



O juiz Célio Almada, até prova em contrário, é uma esperança de que nem tudo na justiça esta apodrecido. Ainda temo juízes de bom senso com critérios. Enfim, nada está perdido! Como disse Henry Ford: “não aponte defeitos, aponte soluções, qualquer um sabe se queixar”, ou seja, não basta apenas jogar titica no ventilador pra “informar” o povo, é preciso analisar a situação e propor soluções, se não para o caso em si, ao menos para uso próprio, para que saibamos por que devemos reagir a certas atitudes dos ditos superiores, ou por que devemos acatá-las. Esta é em suma a proposta do Debate do Paulo Lopes.


Post Scriptum: Mais uma vez não posso deixar de agradecer a Paulah Gauss pelas fotos cedidas para este post, e a todos os debatedores, (inclusive os não citados: Ary Toledo, Dra. Ivone, entre outros...) eu guardo a esperança de que em breve ainda possamos continuar nos expressando livremente!


sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Debates do Paulo Lopes - Rádio Capital AM




Paulo Lopes o amigão das mulheres”. Esse era o antigo slogan de um dos radialistas mais famosos do Rádio AM, usados em várias emissoras diferentes, porém sempre coeso ele é hoje o mediador do programa mais produtivo veiculado por uma Rádio, que é o Debate do Paulo Lopes, transmitido de segunda à sexta-feira das 11h00min às 13h00min, na Rádio Capital AM 1040 kHz.

Quem escuta o Debate é inteligente!” – faço coro com Paulo sempre que ouço essa frase. Neste programa se discute temas da atualidade, o que sai nos noticiários, e parceiros de alto nível debatem, expõem seus pontos de vista aos ouvintes. Isso sim é debate e não aquelas coisas ensaiadas que fazem com os candidatos a cargos políticos, com tempo pra réplica, tréplica... E que no final entedia o telespectador! No rádio mesmo sem ver o rosto dos participantes, o conteúdo que eles compartilham conosco é de superior relevância frente aquelas picuinhas lamentáveis que viraram os debates dos presidenciáveis nas eleições (perdoem se fui repetitiva, mas a comparação é inevitável!).

Apesar de saber como é gostoso imaginar quem se esconde por trás daquelas vozes, quem são os donos de opiniões tão edificantes, esse post talvez venha a frustrar ou agradar muita gente, pois revela a face de pessoas já há muito tempo conhecidas, mas apenas pela voz. É verdade que Paulo Lopes já é bem conhecido do público pelas frequentes participações no Troféu Imprensa de Silvio Santos no SBT, outros também são.

Qual a real importância da opinião alheia? Porque se for analisar este programa não passa de um conjunto de opiniões aparentemente jogadas a esmo, no entanto, ouvir especialistas, ou mesmo outras pessoas sob algum aspecto mais preparadas que nós (disse mais preparadas e não superiores) acabam por promover linhas de raciocínio que antes não cogitávamos. O que não significa que nós ouvintes sejamos influenciáveis ao ponto de dizer amém a tudo que é dito, mas qualquer acréscimo de cultura e discernimento ao povo já é lucro num país onde existe um grande número de analfabetos funcionais, alienados, que realmente acreditam que vivemos no país das maravilhas! Ora, nem Alice acreditava nisso.

Nestas horas que precisamos da sabedoria de psicanalistas como Dr. Edson Engels para, por exemplo, nos abrir os olhos sobre as facetas sórdidas de criminosos como os Nardones, ou Suzane Von Richthofen, que ao chorarem em público podem comover alguns, que logo percebem o erro que incorrera, quando descobrem pelo diagnóstico, que essas atitudes são típicas dos psicopatas.




Suzy Camacho, psicóloga, discute os assuntos de menor gravidade, às vezes, lembrando que todos discutem todos os assuntos, mas é certo que cada um domina melhor a sua área, embora o hábito os tenha feito versados em todas as filosofias e doutrinas possíveis e imagináveis...




Vicente Cascione é um exemplo de versatilidade. Advogado que sabe explicar um diagnóstico médico como ninguém, compreende o viés psicológico das pessoas em questão, e ainda ataca de poeta nos assuntos que requer emoção. Infelizmente, pessoas como ele não se elegem no Brasil, tendo sido candidato a Deputado Federal, perdeu sua vaga para pessoas como Tiririca entre outros palhaços!





Carlos Blat, por sua vez para os mais atentos, já é figura conhecida na mídia televisiva, como promotor de justiça atuou nos casos mais “famosos” (até crime leva fama no Brasil!) como a Cracolândia, Máfia da Pirataria, da Prostituição entre outras máfias, Blat foi também quem denunciou o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto por supostos crimes de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, estelionato e falsidade ideológica no caso da Bancoop (Cooperativa habitacional dos Bancários). Pra quem não sabe, os cooperados da Bancoop caíram no conto da casa própria a preços 40% inferior ao de mercado, eles compraram na planta e pagaram prestações de imóveis que nunca foram entregues. Sempre disposto a apontar e expor quem ta devendo, Blat tem opiniões bastante fortes e contundentes, coisa de quem tem a personalidade forte.






O Deputado Roberto Freire (PPS) também já é conhecido do povo, e vem fazendo falta desde o término do primeiro turno que ele não retoma seu lugar na mesa de debates. Com seu sotaque pernambucano (adorável) Freire é com quem mais encontro ressonância entre o “time” masculino. Em segundo lugar vem Silvio Brito, com sua poesia que sai aos trancos e barrancos da ponta da língua...




Pare o mundo que eu quero descer!” Às vezes dá vontade de dar sinal pra descer, mas particularmente, eu entrei no mundo agora, não quero descer não! Quero somar, fazer a diferença. Existe esse remanescente na Rádio Capital, então não estou sozinha. Silvio Brito tem sempre uma visão espiritualista pra tudo, e faz-se entender mesmo quando aparentemente, seu riso não esteja em conjunção com a seriedade do assunto...




Delegada Rose, é uma figura feminina de garbo e elegância, como se diz, foi ela quem criou a delegacia da mulher e se existe hoje uma figura que representa de fato as mulheres do Brasil o nome dela é Rose, e não Dilma Roussef (Aff!). Com seu timbre inconfundível, a delegada Rose opina sobre tudo sempre levando em consideração sua experiência no trato com as mulheres que a procuravam na delegacia, o que fez dela também uma psicóloga, pra entender o que leva uma mulher, feito Eliza Samúdio, por exemplo, a continuar se envolvendo com homens como o goleiro Bruno, ou a jovem Eloá Pimentel, também vítima de seu ex-namorado, ambos agressivos e maníacos.



Valmor Bolan é uma pessoa de perfil muito peculiar, confesso que se ele fosse meu professor, teríamos um sério problema! Apesar de seus comentários longos, filosóficos, e de sua mania de interferir no comentário alheio, como o próprio Paulo Lopes diz – ele precisa ser editado. Claro que só filosófa quem tem conteúdo para tal, e isso não lhe falta, tem gente que blefa e se diz guardião da moral e da ética, o que não é o caso do Bolan. Ex-padre, Dr. em Sociologia, Diretor da Universidade Corporativa Anhanguera e Reitor da UNIA, está bom, ou querem mais?


Para o ouvinte, ou cidadão que quer mídia de qualidade, o Debate do Paulo Lopes é aconselhável. Dra. Vera Lacerda é outra advogada brilhante que também compartilha suas opiniões, como advogada e como espírita. A diversidade é uma maravilha! Um ex-padre e uma espírita!




Mario Castellar é Consultor em Comunicação e Marketing, e possui um blog super interessante http://www.pontoparagrapho.com.br/home.aspx, é um marketeiro que, porém, não vende a mãe pra obter lucro, é uma pessoa de bastante inteligência o que pretendo falar numa outra ocasião.



Não poderei citar todos num mesmo post... Então me sigam até o próximo!

Post Scriptum: Algumas fotos cedidas para este post foram gentilmente cedidas pela também debatedora Paulah Gauss, que, portanto, merece um espaço especial, no próximo post.


terça-feira, 26 de outubro de 2010

O que foi mesmo o "Mensalão"?


Ethos significa caráter, Mores significa costumes, logo é através da ética (ou caráter) que se aperfeiçoa a moral (ou costumes) de um indivíduo. Apesar de todas as filosofias que pretendem explicá-la, a maleabilidade do conceito ética permite uma série de distorções que bem articuladas até soam como bem intencionadas.

Quem nunca ouviu falar no Conselho de Ética do Parlamento? Ou melhor, quem não conheceu o famoso caso “Mensalão”? Assim que a corrupção nos Correios veio a público, evidenciou-se a figura do deputado Roberto Jefferson do PTB, que, como presidente do partido que comandava a empresa estatal, desviava uma mesada básica de R$ 400, 000 para uso político.


Daí segue-se as distorções: a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos Correios foi adiada o máximo possível pela cúpula do PT e aliados. No entanto, as criações de CPIs para desmascarar políticos da oposição foi o fator principal para criar a “fama dos petistas como defensores da ética”. (Revista Veja /2005)



PTB, porém, não era oposição, era base aliada. Quando enfim a CPI foi instaurada, os “modos” peculiares de Roberto Jefferson eram de um perfeito cavalheiro, como nota-se numa frase em particular: “Vossa Excelência é um canalha!” Ou seja, chamar de canalha pode, mas tratar um deputado por “você” é antiético.


Quando viu que o PT estava tentando abandoná-lo a própria sorte, numa crise de moralidade ele resolveu delatar todos os cúmplices, todos os envolvidos no Mensalão. Pôs seu mandato a disposição, mas levou consigo muita gente: José Dirceu (ele está voltando...), Silvio Pereira, Delúbio Soares, entre outros.


Isso faz parte da ideologia PTbista desde Getúlio Vargas, “ morrer pela nação”, no caso Jefferson aceitou a cassação, e cá pra nós, nem o ato radical de Vargas (guardadas as devidas proporções), nem a sordidez de Roberto Jefferson fez grande diferença, pois se foram oito, vieram mais dezoito! O processo ainda é o mesmo.

“O mentiroso que resolveu dizer a verdade”, “o paladino da moralidade”, “o gigante da baixa política”. Todos estes foram apelidos carinhosos recebidos por Roberto Jefferson, que em depoimento ao "Conselho de Ética" afirmou: “Nós temos a hipocrisia de não confessar ao Brasil o que todos sabem. Eu estou assumindo isso.” disse referindo-se aos recursos das eleições.



De fato, esse arroubo de moralidade duvidosa nasceu da dubiedade de suas reflexões éticas, ou pra ser mais direta, da sua falha de caráter. No entanto, para os menos avisados, Roberto Jefferson, tal como Maluf, ou o próprio Presidente Lula possuem um carisma irrefutável, e certas coisas passam despercebidas ou são facilmente toleradas, como a frase: “Eu roubo mas faço”, de Maluf, ou a afirmação de Lula de que não sabia de nada. O que o torna conivente se sabia e não interviu (além de não ter admitido o que sabia), ou o torna inepto, ingênuo, o que também não são qualidades de um presidente que sequer sabe o que se passa ao seu redor, uma vez que os envolvidos eram seus amigos de palanque, seus “companheiros”.



Pra comprovar a tese, o horário político serviu de base, com Paulo Maluf candidato a Deputado Federal, (onde foi parar o Projeto Ficha Limpa?), e Roberto Jefferson figurando ao lado de José Serra, com o seu partido aliado ao PSDB, mostrando que ideologia política muda de acordo com a maré, com os interesses pessoais.


Talvez a única consequência disto seja o fato de que José Serra não tem a blindagem carismática de Lula. E o perfil de Jefferson já respingou em sua imagem, na primeira entrevista ao Jornal Nacional no dia 11 de agosto, onde foi questionado veementemente por Willian Bonner sobre esta coligação do seu partido com o chamado líder do Mensalão.


Em suma são todos farinha do mesmo saco? Certamente. "No mundo dos negócios como na política, ganha quem pensar no lucro pessoal em primeiro lugar"... Não!

A nova geração pode mudar esse modo vil de racionalizar o mundo, as transações e as relações com o povo - lembrando que povo não é sinônimo de pobre como muitos pretendem fazer entender. Povo é todo cidadão de uma nação, ricos, classe média, pobres, miseráveis... sendo que muito mais miseráveis é quem nos sujeita a esta situação por conveniência, pois muito mais fácil é dar o que comer, e facilitar ingresso em escolas sem muito esforço, do que dar o emprego ou estimular o estudo.

Quanto mais pobres e analfabetos funcionais existirem no país mais facilmente esses miseráveis se reelegem, e vivem à nossas custas! Mas quem sabe o Tiririca não cria uma lei anti-corrupção? ( Sim, foi uma ironia.)

"Companheiro (companheiro vem) Vem no balanço do mar (vem no balanço do mar) ...
Companheiro - Dominó (Edgard Poças)
Post Scriptum: Esse post foi uma redação escolar censurada. Essa falsa moral, a qual chamo de hipocrisia está contaminando até as instituições de maior renome! Muito cuidado...


domingo, 24 de outubro de 2010

2ª Ação de Cidadania


Por mérito exclusivo do currículo pedagógico do Centro Paula Souza, eu e minha turma do curso de administração fomos a mais uma Ação de Cidadania, desta vez numa Escola Municipal de Ensino Infantil (EMEI). A ideia inicial era buscar um orfanato pra entregar brinquedos às crianças carentes, mas na falta de uma instituição nesse modelo na região, fomos à creche (como popularmente são conhecidos as EMEIs) Elba de Nóbrega Sobral.


Seguindo o mesmo esquema da ação anterior, tentamos arrecadar brinquedos no comércio da região, e coincidentemente ou não, apenas um estabelecimento fez a doação. Desta vez foi a Hiper loja quem colaborou através do dono, o Professor Julio Cesar Maiolo dos Santos. Fica aqui registrado meu agradecimento, junto com a ETEC Francisco Morato, e certamente as crianças beneficiárias.


Apesar de no meu conceito uma Ação de Cidadania requerer um público alvo carente de recursos – o que não era o caso – foi possível tirar proveito da experiência, traçando um paralelo com o evento anterior no asilo. Dois pólos completamente opostos, aquelas crianças ainda têm uma vida inteira pra criar ao passo que meus queridos idosos sobrevivem das histórias que tem pra contar!




A oportunidade de ir fantasiada deixou-me desinibida como os atores quando encarnam um personagem, apesar de não necessariamente ter encarnado a Chiquinha, com todas suas peculiaridades, a Camila eu também não era mais. Foi no mínimo terapêutico passear pela rua vestida de Chiquinha, acompanhada pela Branca de Neve, a Chapeuzinho Vermelho e um Mosqueteiro! Na EMEI pudemos nos unir ao Coelho, uma palhaça entre outros.





Percebi que a cultura que até minha infância era quase tradicional, está caindo no esquecimento, ao ponto de chamarem a Branca de Neve de Cinderela, a Chiquinha poucos reconheceram (é verdade que faltaram os óculos, mas antes bastava prender os cabelos em duas divisórias pra identificar a Chiquinha!), o Mosqueteiro então... Coitado! O chamaram de Príncipe, Gato de Botas, menos de Mosqueteiro! O Coelho e a Chapeuzinho foram os únicos que não tiveram problemas de identificação.



De qualquer modo, conseguimos divertir as crianças, tanto como personagens, quanto com os fantoches, e nós também voltamos à infância, principalmente meus amigos do curso de informática: Luiz Rogério, Leandro Lira e Lucas Lima, sendo que o primeiro queria até subir no escorregador, o segundo entendia como ninguém a linguagem da molecada e o último realizou-se montando origamis pra criançada!


Poucas crianças não eram tímidas, ou não possuíam algum traço de insegurança. Em todas as salas visitadas tinham aqueles que ficavam quietos no canto, havia até um que resistiu a todo tipo de estímulo, não sorria, não falava, sequer olhava enquanto chamávamos! Dentre todas havia uma única criança deficiente, com paralisia cerebral e apesar de o ambiente ser bastante descontraído e afável, ainda acredito que lugar de criança é ao lado da família, crianças especiais mais ainda!



Porém há uma corrente que prega que devo pensar como administradora, se toda mão-de-obra qualificada quiser ficar em casa cuidando de filho, haverá prejuízo, então tenho mais que sustentar instituições feito esta, onde mães possam deixar seus filhos aos cuidados alheios, para serem entretidos pela boa vontade de alunos de ETECs e divertirem-se com brinquedos doados também pela boa vontade alheia. Assim essa mãe poderá ficar em paz pra produzir e encher os bolsos dos empresários, a troco de um salário, que neste contexto vale mais que seu próprio filho.


É uma visão utópica neste mundo globalizado, mas conheço mães que interromperam suas carreiras até educarem seus filhos depois as retomaram e atuam até hoje. Privilégio de poucos? Talvez. Mas é pra isso que aprendemos noções de planejamento, já passou da hora da sociedade brasileira – pelo menos nos grandes centros urbanos – aprenderem o que é planejamento familiar.

Até lá, será sempre uma experiência edificante lidar com crianças inocentes, que ficam onde as deixam sem críticas, sem reclamações. Que bom poder verificar o brilho nos olhos delas ao nos verem, e a cena mais emocionante sem dúvida foi o abraço que um garotinho chamado Rodrigo deu no Coelho Lambach – deu pra sentir de longe o carinho recíproco.




Post Scriptum: Apesar de encantadoras, tomei o cuidado de não postar as fotos das crianças, e não foi a professora de ética quem me ensinou isso, foi o bom senso.

sábado, 23 de outubro de 2010

Tropa de Elite 2

Poesia



Conhecí o senhor José Marcolino Duarte na 1ªAção de Cidadania proposta pela ETEC, e dos muitos frutos que restaram, rendeu-me uma poesia:





TERRA DE TODOS OS SANTOS
Para José Marcolino Duarte


Ele foi só mais um, dentre tantos,
A, distraindo a miséria,
Escapar para a terra de todos os santos...

São Paulo.Aqui chegou menino,
Falando, sentindo e brincando como menino
Mas logo, tornou-se homem,
E na solidão deixou as coisas de menino.

“Fabriquei sonhos de metal!”
Diz-lhe a lembrança que restou;
- “Duas rodas com pedais...” –
Na Chácara Santo Antônio!

Passageiros que a vida também leva
(pois ninguém nunca para),
Com ele seguiram pelas mais belas
Estradas de Santo Amaro.

Banhou-se na praia de Santos,
Por estes cantos encontrou um amor...
Mas de que lhe serviu tantos santos?
Se a rosa graciosa dos teus sonhos
Sumiu por trás das vistas mortas?

Oh Rosa! Oh dama!
Onde estás que não escutas?
Está escuro e vazio, mas só a ti que ele chama...
Onde estás oh Rosa!
Onde estás Rosana?



Faça suas doações de alimentos não perecíveis e produtos de higiene (inclusive fraldas geriátricas):Associação Amigos do Coração de JesusR. Jandira, 481, Jardim Eliza - Francisco Morato/SPFone: 4608-1257Email: casaderepouso@hotmail.com

sábado, 9 de outubro de 2010

Jovens Talentos - A grande Final








Hoje pudemos apreciar a grande final do concurso de calouros de maior qualidade da TV brasileira, jovens talentos que como eu já disse aqui, superam muitos artistas que já estão no mercado. O bom deste concurso era a garantia de que ao menos um deles iria entrar no mercado oficial da música, contratado pela Sony Music, e nesta apresentação o presidente da gravadora Sérgio Bittencourt estava assintindo.




Houve e exigência de que tosdos os jovens artistas cantassem em português, o que de início causou certa expectativa sobre Amanda Neves; pelo seu estilo lírico, sem correspondente no cenário nacional, à primeira vista Amanda estaria desamparada por sua própria pátria... ledo engano!




Cantando divinamente a canção "Foi Deus quem fez Você" composta por Luís Ramalho ( interpretada pela cantora Amelinha), Amanda provou que talento não tem nacionalidade definida. Sinceramente, a única apresentação que me emocionou , e ela nunca foi minha favorita e sim o'concur - acima da média, então eu analisava o concurso entre os demais candidatos.




Os concorrentes na ordem de apresentação foram:

Elyssa Gomes (Uberlândia - MG- 16 anos)



Letícia Dias (Guarulhos - SP - 13 anos)




Mayra Novais (São Paulo -SP- 16 anos)




Higor Rocha (Itanhém BA - 15a nos)






Bruna Rocha (Santo André - SP - 15 anos)




Gregory Rodrigues ( Guarulhos -SP -17 anos)






Renato Vianna (São Paulo -SP - 16 anos)




David Air (São Paulo -SP - 14 anos)






Amanda Neves (Catiguá - SP -16 anos)
Brenda dos Santos (Osasco - SP - 15 anos)


O concurso manteve-se estável durante os 8 meses, desde a antiga emissora (BAND), Amanda liderava, pela capacidade técnica, no entanto os mais poulares em redes sociais eram Higor Rocha, Renato Vianna, Bruna Rocha e Mayra Novais. De fato se fosse dividido por categorias ou estilo musical, Elyssa, Brenda e David estariam incluídos no mercado Gospel, Renato, Higor, Bruna e Mayra seriam Pop, Gregory estaria no estilo MPB, Letícia no Sertanejo Country e Amanda no lírico. Os três últimos já seriam campeões pela falta de concorrência! Os pops apesar do retorno imediato que obtiveram dos telespectadores perderam para a tendência inegável do estilo Gospel. A campeã foi Brenda dos Santos, e a gravadora vai seguir sua linha de apresentação assim como outrora a Warner Music fez com a jovem Jamily, também vencedora de um concurso jovem no Programa do Raul Gil.







Pessoalmente fiquei com uma sensação de injustiça contra Amanda, ao mesmo tempo que tenho plena consciência de que o mercado dela no Brasil é muito reduzido diante do mercado da Brenda. Ainda faltou o espaço de Higor Rocha, o mais cativante dos calouros, ele com sua família inteira, que eu tive o prazer de me inturmar através de redes sociais (Sabrina, Juslene: Beijão!). Ainda quero ver esse garoto no Faustão!




Post Scriptum: Nada contra o estilo Gospel. Adoro Aline Barros, por exemplo, o Gospel americano também é bom. Sem contar que Renato Vianna cantava músicas da banda Rosa de Saron, uma das bandas católicas populares do Brasil, e eu adorava!



sexta-feira, 1 de outubro de 2010

"Acorde para vencer"





CARROÇA VAZIA


Certa manhã, meu pai, muito sábio, convidou-me a dar um passeio no bosque e eu aceitei com prazer. Ele se deteve numa clareira e depois de um pequeno silêncio me perguntou:

- Além do cantar dos pássaros, você esta ouvindo mais alguma coisa?

Apurei os ouvidos alguns segundos e respondi:

- Estou ouvindo um barulho de carroça.

- Isso mesmo, disse meu pai, e uma carroça vazia.

Perguntei ao meu pai:

- Como pode saber que a carroça está vazia, se ainda não a vimos?

Ora, respondeu meu pai. É muito fácil saber que uma carroça está vazia por causa do barulho. Quanto mais vazia a carroça maior é o barulho que faz.

Tornei-me adulto, e até hoje, quando vejo uma pessoa falando demais, gritando (no sentido de intimidar), tratando o próximo com groceria inoportuna, prepotente, interrompendo a conversa de todo mundo e, querendo demonstrar que é a dona da razão e da verdade absoluta, tenho a impressão de ouvir a voz do meu pai dizendo: "Quanto mais vazia a carroça, mais barulho ela faz..."





Post Scriptum: Esta mensagem foi retirada do livro "Acorde para Vencer", vol. II, de Eli Corrêa. Editora panorama, pg. 47.